sexta-feira, 25 de março de 2011

papos...

Nesta noite tranquila duas irmãs quarentonas bebem Gim e Martini.
Uma amou. A outra também.

_Porque paramos de dançar?
Cílios.

_Por que? Pela sua perna? Eu sinto muito.
Cílios.
Uma grande golada de Gim com duas rodelas de limão e cubos de gelo.

_Nunca parei de dançar,só não quero me levantar hoje.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Breve para sempre...

_Eu não sabia o que fazer. Eu estava perdido, sem chão, com medo, com frio. Eu só via você.
O vento chiava do lado de fora do carro enquanto a noite ia se arrastando junto com as horas e os suspiros úmidos deles. A lua nunca fora tão grande e ao mesmo tempo tão insignificante.

_Eu não sabia o que fazer. Eu nunca soube. Eu sempre fiz errado e quando achei que estava tudo certo, quanto tinha você, achei que tinha encontrado a única certeza na minha vida. E quando tudo parecia bom... você se foi.
_Eu sinto muito.

Uma lágrima despencou daquele par de olhos cor de mel, uma lágrima que escorreu pelo rosto dele com uma gota de sangue de uma enorme ferida aberta por uma lâmina cega.

_Eu fiquei perdido.
_Eu estou perdido, mas parece que depois de tanto acabei encontrando algo que me anestesia uma realidade que não deveria pertencer a ninguém... Não sei o que fazer... sempre esperei ouvir isso, sempre quis que você sentisse isso, mas agora não é a hora certa, não é mais.

_Você me ama?
_Não se trata apenas disso.
_Você me ama?

E o silêncio se fez dentro daquele carro. O cheiro de cigarro era intenso e algumas gotas cairam no vidro dianteiro. Aquelas mãos não eram as mesmas de anos atrás, disso ele tinha certeza, mas quando ele se virou e encarou a face do homem que o fez feliz e triste por tanto tempo, ele percebeu que ainda era ele, que ainda estava ali a essência de tudo que era bom na sua vida até aquele dia, e ele perguntou novamente:

_Diz, você me ama?

Suspiro. Olhar. Suspiro. Lágrima.

_Como nunca amei alguém até hoje.

A porta do carro se abriu e ele se foi, talvez para sempre. No banco, um rascunho feito com um papel velho, escrito a um tempo mais velho ainda: "Pra sempre meu, pra sempre seu, pra sempre nosso."
A lua continuou a brilhar.

sábado, 19 de março de 2011

Time

A tempos vejo. Observo. Escolho.

Ontem notei: Conheci alguen`s, mágicas, poderes dos quais eu não teria em nenhum momento o controle sozinho.

Hoje sei o quanto um colo me faz bem.
O dele.
O nosso.
o que me neguei por um momento de total egoísmo.
meu colo. Meu Abraço. Meu suspiro.

Uma refrigerante. Um drinque barato. um cigarro aromático.
Um coração maior que o mundo que mesmo nas adversidades de uma mente perturbada sempre fez seu papel eficientemente, formalmente, finitamente, entre outras mentes... bem.
Ele.
Eles.
Aqueles que nunca me deixaram esquecer, mas sempre me fizeram ser.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

?!

Há uma hora em que tudo tem que parar. Você tem que parar. Parar e refletir, costurar alguns remendos já desbotados mas que são importantes para a colcha de sua vida.

Existe uma busca incansável pela realização pessoal, profissional, humana. É essa busca que motiva homens e mulheres em todo o mundo. É essa busca que faz a terra girar e as pessoas se esbarrarem pelas vielas da coincidência. Um bom trabalho, uma carreira bem sucedida, todas as contas em dia e nenhum problema em comprar aquele vestido que todas olharam na vitrine num domingo a tarde a muito tempo mas ninguém pode comprá-lo. Damos o nome a isso de sucesso. Mas será que ele chega a todos? Será que ele é mesmo importante para a vida? Como encontra-lo?

Todos passam por um momento que é crucial para o resto de toda a sua vida, a hora em que você para depois de uma longa caminhada e se pergunta: Para onde ir? Uma dúvida que ora motiva, ora destrói. Primeiro a última, um rápido momento de fracasso e de desilusão onde você coloca a prova toda a sua capacidade de driblar os demônios encrostados em sua alma, o momento de testar sua capacidade de ser mais forte do que o mundo todo e todos os desafios que este lhe apresenta. O caminho certo sempre se acha depois de uma encruzilhada e a escolha certa é crucial. É preciso, antes de mais nada, esvaziar a mente e esquecer um pouco do passado para assim poder ver sem obstáculos o caminho certo a se seguir. A vida prolifera, de uma forma ou de outra, não é possível controlar muitas coisas, elas acontecem e tem que acontecer para assim, a cada dia, um por um, se estar mais próximo do sucesso.

Cada coisa em sua hora, em seu devido lugar, harmoniosamente.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O sexo depois do sexo

Hoje esse caderno de receitas fabulosas entra num terreno perigoso e acidentado, um terreno cheio de obstáculos para alguns, e para outros um verde campo de prazeres e satisfação.
O sexo, um ato de natureza humana que, por um princípio religioso fracassado, antes era tido como processo pelo qual o homem, em conjunto de uma mulher, trocam fluidos e assim perpetuam a espécie. Bobagem.
O sexo é a mais pura expressão da satisfação pessoal, ele desnuda a hipocrisia social, descalça as futilidades das crenças, liberta o corpo e a alma. É o sexo, nos dias atuais, o principal combustível da humanidade. Mesmo assim alguns sentimentos ainda se mostram verdadeiros sobreviventes nesta selva de hormônios assassinos das relações humanas. Então, sexo ou amor?
Uma amiga passou algum tempo solteira depois de um longo relacionamento frustrado. Absolutamente bem resolvida e bem sucedida, adulta e pronta para se apaixonar. Em uma dessas tentativas de dar uma nova chance para si conheceu um homem que parecia tudo aquilo que ela precisava: Bonito, educado, comunicativo, culto e dono de sua própria vida, e venhamos aqui, esse último quesito passou a ser um item bem escasso. Pois bem, depois de alguns encontros, eles resolveram que era hora de se conhecer mais intimamente e resolveram, depois de alguns drinques, ir para a casa dela. Bem, não foi a pior experiência da vida dela, mas foi muito decepcionante. Eles terminaram duas semanas depois.
Uma outra vez conheci um cara completamente idiota, egocêntrico, rude e ranzinza. Foram as duas horas mais excitantes da minha vida. Nunca mais nos vimos.
O amor existe, disso não tenha dúvidas, mas o sexo, esse é o moderador dos sentimentos, é ele o árbitro que decide o bom e o ruim, o certo e o errado, o "felizes para sempre" e o "foi bom transar com você". E não tem essa de que as relações que duram são aquelas em que as pessoas se amam além do prazer carnal porque o sexo veio antes do amor, isso sem dúvida.
Por isso ai vai a receita da semana: Faça sexo, independente de sua orientação sexual, faça. Quem sabe uma tentativa bem sucedida lhe trará uma boa experiência que pode te levar a outras melhores.
Pessoas fazem sexo, é natural, e porque não procurar alguém que faça o melhor sexo que você já fez?

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Passado

Será, realmente possível esquecer alguém?

Esta pergunta perdura em minhas imagens avessas à algum tempo. Mesmo sem querer, depois de tanto, de muito, e de tudo, você se pega pensando nele. Você se senta no mesmo lugar. Você come a mesma comida favorita. Você vê o mesmo programa de televisão. O que leva uma pessoa a passar por tanto sofrimento e dor depois de um fim?

Passamos o tempo todo conhecendo e nos incluindo na vida deles. Desvendando seus mistérios, revirando seus passados e pesquisando suas famílias. Isso é se apaixonar, querer tanto que todos os detalhes são importantes para fazer, talvez, dar certo. Mas isso pode ser um caminho perigoso, principalmente se este relacionamento está fadado ao fracasso. (como saber, não é?)

Depois do fim, o que pode machucar mais do que a idéia de que a pessoa com quem você passou boa parte dos seus dias não é sua mais, ou está com outra pessoa, é ter que lidar com todo o passado junto, o seu, o dele, o "nosso". O passado individual na relação é tranquilo pois as vezes pode até ter sido, algum dia, motivo de discussões e alguns berros desmedidos. O passado do outro, do próximo, chega a ser um incomodo pois você passa a fantasiar possibilidades em que tudo aquilo que era só seu e dele, um dia pode ser de outro, um passado que era indivídual, passa a ser dual e pode vir a ser coletivo. Complicado.
Agora o mais trágico de todos: o passado do casal. Esse é, sem dúvida, o marginalizador dos sentimentos, pois depois da separação ele começa a se fazer vilão de todos os momentos, dos mais tristes aos mais felizes, ele passa a te perseguir e te torturar com remorsos, dúvidas, arrependimentos e carências. Uma simples hora do dia pode se tornar fatal para que tudo o que fora trabalhado no seu íntimo para que pudesse, ao menos, começar a se dar uma nova chance, se esvai, se restaura o drama da separação.

O passado é o acelerador dos sentimentos fracassados e a cada dia, ficando mais para traz, tem o dever de ser esquecido para se dar um novo sentido na vida e começar a caminhar novamente.
Ouvi dizer que a paixão acontece. O amor, esse a gente escolhe.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Enfim, the end


Como se sai de um relacionamento?
Em primeiro lugar, esclareçamos que relacionamentos são atividades que envolvem muito mais do uma dose intensa de paixão, que pode ou não desencadear uma sentimento maior. Um relacionamento se constrói com muita dedicação, determinação e uma vasta gama de paciência. De todas as formas possíveis.
Na sequência.
O que vai determinar o sucedimento de um relacionamento é o encontro. Um encontro ideal deve ser aquele que nunca se espera mas se está preparado para viver. Pode acontecer num lugar especial ou simplesmente na lojinha de presentes próxima a sua casa. O local nunca é determinante, nunca é selecionado, mas pode fazer sempre a diferença.
Gestos, olhares, conversa, toques, todos elementos importatíssimos para fazer do ínicio de tudo algo fantástico.
Depois as conversas, os carinhos, o sexo, os segredos (sexo sempre antes dos segredos, eles são mais importantes e podem influenciar nas atividades futuras). E assim se desenrola um agradável relacionamento que, por mais que desejemos incontrolávelmente, pode chegar ao fim.
E quando isso acontece, o que fazer? O que pensar? Como agir?
Ouvi essa de um grande amigo e acho interessante usar das mesmas palavras sem maltrata-las, mudando-as e destransformando-as: "Gruda nos amigos!" É um bom conselho, realmente importante e de sabedoria porque só eles te compreenderão e te darão tudo aquilo de que você mais precisa nessa hora: atenção. (Uma noite regada a drinks e conversas banais também ajuda.)
Mas a questão é o por quê do fim? Talvez simplesmente seja porque não deveria ser, talvez mais, talvez as atitudes tomadas não foram as mais adequadas ou as mais sérias. Mas acabou. E se for por algum motivo que envolva alguns dos pontos citados acima, então é porque alguma hora haveria de acabar.
Sem falar nas doenças sentimentais e nas feridas profundas causadas pelo fim, triste ou não, o que está em questão é a forma como se deve sair dessa situação, e a melhor delas é com a dignidade inteiramente preservada. Notem, camisas encharcadas por litros de lágrimas nunca abalam a moral.
E vão-se as horas, arrastadas, e os dias até que uma hora ou outra, quando o coração, já cicatrizado e estéticamente preparado se abre novamente, e em uma lojinha de esquina ou em uma grande premiação, volta a vontade de olhar, gesticular, tocar e tudo o mais. Uma nova chance, uma nova pessoa, um novo relacionamento, sem fantasmas do passado, só uma nova grande e emocionante aventura.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Love, or love??

Muito bem, acreditem, esta não vai ser a receita mais feliz que estas linhas já publicaram, mas será sincera e segura de muitas coisas que só o tempo nos faz enxergar.
Para um início bem trágico, aviso a todos que escrevo vestindo um short velho e sandálias fluorescentes, bebo refrigerante quente e fumo, muito. E para piorar, um pouco mais, ouço minhas músicas antigas de um playlist que não é um dos mais apreciáveis. Mas tudo bem.
Para muitos o tempo é o melhor remédio para curar a maioria das dores daquele órgão vital que insiste em bater mesmo depois dos mais trágicos e mortais acidentes. E eles estão certos, mais que isso, eles têm razão. Toda.
A palavra seria escolha. Sim, escolher é tudo e faz a diferença, mesmo que as suas não sejam as melhores, são escolhas e devem ser aproveitadas de alguma forma. Para o bem, ou para o bem. Sempre.
Mas nos momentos de escolhas erradas o que fazer? Primeiro um bom banho com líquido lacrimal ajuda muito e é necessário. Depois, apegar-se ao que tem e que lhe faz bem, nem que isso seja um velho seriado da década de 90 do qual todos ao seu redor repudiam e acham que não lhe acrescenta em nada mas mesmo assim você ama e se vê nele a cada episódio, comendo quilos de sorvete barato e se empanturrando de iogurte caseiro que sua mãe insiste em fazer você comer porque ela diz ser bom para a flora intestinal. Eles não tem razão. Depois disso tudo o que lhe resta? Estes mesmos que lhe criticam pelos seus defeitos mais terríveis e suas manias mais naturais e irritantes, mas que por mais que você queira será muito difícil mudá-los porque fazem parte de você a tanto tempo que você nem percebe (na verdade eles nem querem mesmo que você mude!).
Amigos, o alimento da alma fraca e o coração ferido.
Dai o tempo. O grande senhor curativo das enfermidades do espírito e que por mais que possa demorar a seguir seu curso normal, ele sempre segue.
Isso tudo para uma única coisa: lhe dar uma nova chance, uma nova chance para se conhecer e assim abrir as portas da sua vida para uma próxima tentativa. Sempre, tentar, incansavelmente até que um dia aconteça de novo, até que um dia, o amor te escolha e te dê uma nova chance.
O amor, só o amor.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

divagações novas

Por assim dizer:

É tarde o bem querer quando este esta longe. Do órgão. Às margens. É cedo querer quem não se faz ver. Quem não se vê na longitude.

É bom fazer. olhar. querer. Este último bem muito mais ser.

Querer. Querer e querer.

Um amigo me faz abrir as memórias de uns bons tempos. devaneios. certezas.
Quero o novo.
o tudo
O muito.
O belo.
o prazer.

Lembrar com maldade não é pecar. deus perdoa os maus.

Sentir saudade é normal.
Falar a verdade é fatal.

Alegria se constrói.
Queira.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Uma segunda

É breve esta adiante.


Uma segunda feira é sempre um dia temido, desquerido, quase asqueroso. Pobre inicial dia semanal que nada fez se ser tão mal reputado. Pobre dia em que toda vida humana começa cedo e termina infeliz e bocejante.


Uma segundinha sequer pode alegrar muitos quando esta se coloca ante a um grito independente. Uma Segunda


Dia segundo seguido de cinco. Dia inicial de uma maratona ascendente de desejos futurísticos.


Um dia como nenhum outro poderia ser.


Hoje, um dia feliz.

Cheef´s